Depois de 11 magníficos anos em Portugal, em que fez um pouco de tudo, desde trabalhar nas obras a ser coordenador do Projecto Escolhas da Apelação, passando por ser vendedor da Tv Cabo e actor do Teatro Ibisco, o António Embaló decidiu - e quem somos nós para contrariar? - que estava na altura de enfrentar novos desafios, abraçar novas causas, superar novas dificuldades, tocar novos sonhos.
E lá vai ele. Já falta pouco. Vai voltar para a Guiné, onde há tanto por fazer (ainda mais do que por cá) e tão poucos fazê-lo. O Embaló vai regressar à sua terra, vai levar a família com ele e, juntos, vão lutar para que as crianças da Guiné tenham melhores hipóteses de sobreviverem, de viverem com saúde, de terem uma infância, uma educação e de serem cidadãos úteis ao seu país, a exemplo do próprio Embaló, que soube ganhar estudos, ganhar mundo e regressar à base na altura certa para aplicar o que adquiriu junto de quem mais precisa.
Claro que não é fácil vê-lo partir. São várias pessoas que vão apanhar o avião: o amigo, o actor, o presidente da Associação Ibisco, o brilhante dinamizador, o confidente e o sábio consultor.
É um soco no estômago, um baque, um abalo, um estremecimento. Vamos ter que dar a volta. E vamos fazê-lo, com certeza, e na certeza de que seremos capazes de superar-nos, já que foi esse o exemplo que o Embaló nos deixou.
E o que nos consola é a certeza de que os verdadeiros laços são elásticos e duradouros. Elásticos porque suportam a distância. Duradouros porque eternos. Até já, Embaló. Não te inquietes, muitas cabeças de cabra nos esperam.
Agora vai. Sem medo!